[RESENHA] O ano em que fizemos greve de amor - Isabel Vieira

Posted by Sarah Charles on outubro 11, 2018 in Resenha,

"No one compares to you"

- 'No One Compares To You', Jack and Jack

Hey moços e moças! Depois de tanto tempo, finalmente resolvi abrir meu caderninho aleatoriamente e pegar algumas das resenhas que escrevi ultimamente. Mas, antes, é legal contar que até agora já foram lidos 37 livros, o que dá o total maravilindo de 12448 páginas. Récorde batido! 

⇢ Dados do livro

Nome: O ano em que fizemos greve de amor

Autor(a): Isabel Vieira

Editora FDT

1997

Número de páginas: 88

Skoob

Alerta: Nós temos medo de amar. Todos nós. 

Conhecemos aqui um trio de amigas – Cora, June e Ceres – que acabaram de tomar um belo "pé na bunda" de seus namorados e resolvem que chega de chorar pelos cantos: é hora de se vingar! Reúnem um monte de tarefas para fazer com que seus ex-namorados sentam-se mal e pensem que elas estão perfeitamente bem sem garotos – afinal, quem precisa de um par?!

Havia inúmeras  indignadas com o comportamento dos meninos. Dava perfeitamente para chegar no pátio e propor: "Gente, vamos dar uma lição nesses caras! A partir de hoje, ninguém mais namora, ninguém fala com eles. Vamos fazer uma greve de amor!"

 Atraídas pela corrente de vingança, várias garotas se unem às três amigas para contar seus desafortúneos com relacionamentos com homens (pais, namorados, irmãos, etc.) e o quão injusta a situação é. Nessa vibe, decidem mobilizar uma greve com a maioria das meninas do colégio: ninguém vai falar, fazer grupos, sentar perto, sair ou ficar com os boys!

Depois das primeiras notas baixas, e de uma festa na casa do Raul em que só foram seis gatas-pingadas – e de ibope baixíssimo –, a coisa começou a mudar de figura.

O que mais me surpreendeu durante a leitura é que por mais que não seja um livro escrito recentemente, ele é absurdamente atual, com problemas adolescentes atuais e que daria um belo filme – alô alô Netflix! A escritora conseguiu transmitir uma ideia linda a respeito do amor juvenil, os riscos e o medo de amar, em tão poucas páginas que foi impossível interromper a leitura. 

É nítida a evolução da personagem principal, Ceres, assim como de todos os personagens: o grupo de garotos e garotas da greve. A forma como foram conduzidos a resolver o problema através de um mediador, fazer um debate e pôr em prática um pouco do conceito de democracia, nos dá uma aula gigante sobre nossos atos não só na vida amorosa.