[RESENHA] Perdida - Gincana Literária Nacional

Posted by Sarah Charles on julho 24, 2015 in #GincanaLiteráriaNacional, Diversão, Resenha,

Hello, my angels!

Estou excelentemente bem, obrigada. E vocês? Como estão? Eu atualizei a postagem da gincana literária com mais dois livros, podem conferir lá! Hahah. Hoje estou sem ideia nenhuma para encher essas linhas da postagem, de tanta ansiedade que estou transbordando devido à minha primeira experiência proporcionada pela gincana. E como estou feliz! Aliás, estou um misto de sentimentos, não conseguindo nem mesmo conter as alegrias, huehue'. Então, sem mais delongas, irei falar da resenha. Mas, por favor, antes confiram a atualização que fiz no post anterior! Quero que antes da resenha vejam a sinopse e a capa. Simbora!

Vim lhes falar do livro Perdida, de Carina Rissi. O livro conta a história de Sofia Alonzo, uma jovem de 24 anos de idade que perdeu os pais aos 19. Com a perda repentina da família e sendo filha única, Sofia logo teve que começar a trabalhar para pagar o último ano da faculdade de administração e continua trabalhando até então num escritório para manter um apartamento e algumas coisas básicas em pleno século vinte e um. Não se apega a relacionamentos, não se apaixona e acha o matrimônio a coisa mais idiota inventada pelo ser humano. 

"Viver em função de uma só pessoa, como se sua vida apenas tivesse sentido se ela estivesse por perto? Acordar e olhar para a mesma pessoa todo santo dia! Sexo com uma única pessoa pelo resto da vida! Ter que cuidar da casa, do marido, dos filhos, do cachorro, trabalhar... Não era um tipo de sentença de escravidão, pelo menos?"

Numa sexta-feira quase comum, Sofia não consegue escapar de sair com sua melhor amiga e o namorado dela para "tomar uma" num barzinho. A garota acaba bebendo demais e deixa seu celular cair dentro da privada, não tendo nem chance de resgatar seu cartão de memória ou chip. No dia seguinte, não se lembra nem como foi parar em casa e sofre com uma ressaca danada. Mas, decidida, decide ir até uma loja e comprar um celular novo. 

O dia estava calmo, e, por milagre que pareça, com ruas e lojas praticamente vazias. Assim que Sofia entra na loja, encontra uma vendedora um pouco velha e com a voz e o semblante doce. E a menina exige um celular com tudo! Email, redes sociais, música, leitor de pdf, touch screen, etc. e, embora a vendedora pareça achar a garota muito ligada à modernidade desnecessária (só pra ela, pqné), apresenta para ela um modelo único, dourado, e barato. 

"— [...] Ele possui tudo o que você sempre quis na vida. Tenho certeza que ficará muito satisfeita. — e sorriu, o rosto alegre.

Sofia o comprou. Ao sair da loja, não se conteve e abriu o mesmo, apertando o botão de 'ligar' e, para sua surpresa, uma luz branca muito clara irradiou do aparelho, parecendo engolir tudo com seu brilho. Relutante e cega com a luminosidade, a garota deu alguns passar para imediatamente tropeçar em uma pedra, no meio da praça. Quanto a luz cessou e ela tornou a enxergar, notou que agora estava num gramado enorme, e um homem montado num cavalo vinha ao longe, em sua direção. Sofia pensa imediatamente que bateu a cabeça com muita força ou que ainda estivesse bêbada. Afinal, não tinha explicação viável para que os prédios, lojas, praças, tudo sumisse.

"—Você está bem, senhorita?"

O homem à cavalo é Ian Clarke. Um jovem de 21 anos que vive em 1830. Pele clara, cabelos e olhos escuros, vestindo-se com casaco escuro e comprido, um colete sob ele, um lenço branco amarrado no pescoço e botas pretas na altura dos joelhos. Um rapaz que usa a linguagem mais formal e que fica corado perante à certos assuntos que na nossa sociedade são naturais e banais. 

Alguma coisa nele faz com que Sofia sinta-se diferente, uma segurança. Mas é estranho. Por que uma pessoa que nem a conhecia estava a oferecendo ajuda? É aí que Ian a leva para sua casa, que mais parecia uma mansão. Chama um médico para examinar um ferimento na cabeça de Sofia e faz-lhe companhia, mostrando-lhe como funcionam as coisas. Sua irmã, Elisa Clarke, dá um de seus vestidos à Sofia, um inédito toque de carinho. A garota agora está no século dezenove, em 1830.

A suposta vendedora liga no celular de Sofia para lhe dizer que a mandou para lá e que ela só sairia dali quando encontrasse o que procurava e que não deveria contar a ninguém de onde ela realmente vinha. Mas o que Sofia procurava? Nem ela mesma sabia. E aí, com a ajuda de Ian, sempre muito aberto às suas explicações que com certeza não lhe faziam o menor sentido. Até que, ambos descobrem dois sentimentos novos: a paixão e o ciúme. Como Sofia vai voltar para casa? Ou melhor, ela queria voltar para a casa? 

"— Ainda me odeia? — sussurrou. Sorri com os olhos ainda fechados.

— Muito! — resmunguei, me apertando mais contra seu peito."

O livro é narrado em primeira pessoa e a escrita da Carina me cativou desde o começo. É uma escrita tão simples, tão jovial! Simplesmente perfeita para para os jovens. A autora mostra os sentimentos da personagem de uma forma simples e clara, mostrando também a confusão interna que Sofia tem. E Ian, gente, como não amar? Ele é uma graça! O modelo do século em que vive e a reação ao Sofia afirmar algumas coisas de seu "lugar" o deixa ruborizado! Como mesmo disse a personagem, é muito raro um homem corar hoje em dia. Aliás, já é difícil as garotas fazerem isso! Elisa, nem se fala de Elisa <3 A adolescente é um doce, daquelas pessoas que não conseguem desgostar de ninguém. E Storm! Vocês tem que conhecer Storm!!! Quando lerem, por favor me contem o que acharam! Abaixo reservei algumas musicas que combinam muito com o livro. 

*esta realmente é a música perfeita pro livro <3

*a volta pra casa

*exatamente Ian e Sofia <3

*o toque no começo, o segredo que Sofia guardava...

*este por conta do vídeo em si, lembra-me o baile.