[RESENHA] Enfeitiçadas - Jessica Spotswood

Posted by Sarah Charles on março 03, 2015 in Resenha,

Olá, my angels!

Como estão vocês? Eu estou bem, estou com pressa e com uma vontade louca de fazer a resenha, já que vocês sabem que eu escrevo pacas. Acreditam que estou sem nada para ler? Terminei de ler Finale e tinha começado a ler Assassin's Creed. Aí, por ironia do destino, minha madrinha (dona do livro) veio e simplesmente pediu ele de volta. Ok, ok. Eu já superei! Não terminei de ler tal e vou ter que esperar um tempo para conseguir ele na biblioteca.

~le linha solitária

Agora, falando sobre a postagem, hoje eu resolvi trazer para vocês mais uma resenha. Simplesmente não consigo me controlar quanto a tal, já que tenho mais de vinte resenhas prontas. Mas, bem, sem mais delongas! Vim falar para vocês do livro Enfeitiçadas, o primeiro volume da série As Crônicas das Irmãs Bruxas, da Jessica Spotswood. Comprei o livro na bienal de 2014 e, inclusive, na época, fiz uma postagem falando. Vamos ao post? 

Photoshop arrasando no falso chá, mas ok.

Tudo se passa na famosa época da caça às bruxas, na cidade de Chatham. Catherine, Maura e Teresa Cahil são bruxas e perderam a mãe muito cedo, quando a tal tentou trazer ao mundo mais uma criança que se chamaria Danielle. Agora, com aproximadamente 17, 15 e 12 anos, as irmãs enfrentam a difícil tarefa de esconder seu poder de tudo e de todos, inclusive de seu amado pai, o qual nem sequer sabia que a esposa e as filhas eram bruxas. Perante a tudo isso, Cate fez uma promessa no leito de morte da mãe: cuidar sempre das irmãs e não deixar ninguém saber do segredos que elas compartilham.

Bom, o "mundo" naquela época é dividido da seguinte maneira: a Fraternidade e a Irmandade. A chamada Fraternidade é meio que um subtítulo para aqueles que caçam as bruxas. É uma instituição formada unicamente por homens (chamados Irmãos) que prendem quaisquer suspeita de bruxaria que exista, sendo ela verídica ou não. A ordem é clara: bruxas ou morrem, ou são internadas em uma espécie de hospício pelo resto da vida ou são presas numa cadeia comum.  Já a Irmandade é justamente o oposto da Fraternidade. São mulheres que, perante à todos, preferiram se juntar a uma espécie de convento do que se casar com um bom homem (note que não tem amor na vida desse povo) ou com um Irmão. Elas são responsáveis por servir ao Senhor e à comunidade, tanto em forma de caridade quanto a serem governantas das meninas mais jovens. 

Apenas três meses antes de completar 17 anos todas as meninas têm de tomar uma decisão: arrumam um marido por conta própria, uma pessoa de boa conduta perante aos Irmãos; ou, se não conseguirem por conta própria, os Irmãos escolhem um velho (sinceridade aqui, pessoas) que seja um Irmão para se casar com elas; ou, por fim, se juntam à Irmandade. Juntar-se à Irmandade é opção que não existe, pelo menos para Cate. 

A casa dos Cahil é grande e o pai trabalha longe, ficando quase sempre fora de casa. Com medo que as filhas possam ser acusadas de bruxaria, decide que elas deviam ter uma governanta, que as ensinem a ser uma boa moça e a serem mais sociáveis na pequena cidadezinha. A governanta indicada é a Irmã Elena, uma morena excepcionalmente linda que não aparenta ter mais de 20 anos de idade. Logo na primeira impressão, Cate a detesta. De acordo com ela, ter mais uma pessoa para se preocupar a esconder sua própria magia e a magia de suas irmãs é impossível! Como se já não fosse difícil esconder de seu pai e dos criados, agora tem a governanta e o novo jardineiro, Finn Balastra. Já Maura, está simplesmente fascinada com a governanta e se empenha em prender tudo e tentar ser igual a ela, querendo, inclusive, declarar-se à Irmandade. 

Como todos nós sabemos que o que está ruim fica pior, Cate recebe a notícia de que em algumas semanas terá de declarar sua decisão. E num dia incomum, ela recebe outra notícia, que não podia vir em hora melhor: seu amigo de infância, Paul, veio de Nova Londres para visitá-la, depois de tanto tempo. O garotinho cresceu e não tem mais nada de inocente na amizade dele com Catherine. Tudo indica que ele quer casar com ela, mas o sujeito ainda não fez a proposta ou tomou qualquer iniciativa que indicasse tal à Cate. Mas, cá pra nós, é óbvio para todos! 

Catherine se sente deslocada, com muita pressão em cima de si mesma. A Irmandade não é uma opção. Não há decisão! Mas ela precisa de arrumar um marido. Como terá tempo para isso quando precisa cumprir a promessa? Pensando que a mãe devia tê-la ajudado, dado pelo menos uma inicialização em magia, resolve revirar o quarto da mãe em busca de uma pista qualquer que seja. E ela encontra: o diário de sua mãe. Nele, além do conteúdo comum de um diário, a mãe escreveu uma carta a Cate, falando sobre uma tal profecia, a qual ela não conseguiu concluir antes de morrer. 

"Antes do alvorecer do século XX, um trio de irmãs chegará à idade adulta, todas bruxas. uma delas, que terá o dom da magia mental, será a bruxa mais poderosa a nascer em muitos séculos: ela terá  poder para mudar o rumo da história, para suscitar  o ressurgimento do poder das bruxas ou um segundo Terror."

Após tal descoberta, Cate realmente decide: a Irmandade não é uma opção. Em hipótese alguma! No dia seguinte, olhando as flores de seu jardim, ela conhece o novo jardineiro da família, Finn. De cara, acho que ninguém se apaixonaria pelo Finn. Ele é o gênero corretíssimo para aquele famoso nerd de filme que ninguém gosta: estudioso até demais, vive nos livros, tem sardas e tem vergonha até de respirar perto de uma garota bonita. Imaginem só a reação dele a, sem querer, acabar falando que Cate é bonita e que é sua "fadinha"? Mas o interessante é que Cate (e eu também!) começou  desenvolver sentimentos muito mais fortes por Finn. E é aí que a ação do livro começa. 

Ela precisa cumprir a promessa que fez à sua mãe, preocupar-se com a profecia, preocupar-se em esconder sua magia e a de suas irmãs de todos e tomar uma decisão difícil: Finn ou Paul? Chatham ou Nova Londres? Esposa de um livreiro ou esposa de um engenheiro? É demais para Cate. Mas ela vai achar um final extremamente fora dos trilhos que todos nós imaginamos ao ler o livro. 

Bom, minha opinião sobre o livro não tem nem como explicar. A escrita da Jessica é perfeita, e ela sabe enrolar muito bem os fatos, dando suspense na hora correta e fazendo do livro uma montanha-russa. O que mais me encantou no livro foi o final, eu preciso dizer; foi totalmente fora do que qualquer um poderia imaginar, impossível até mesmo de discernir. Jessica arrumou um final para todos na história que simplesmente não poderia ter acontecido e foi a parte do livro que mais me deu vontade de chorar, fazer birra, etc. Eu não estava psicologicamente pronta para ler este final! É arrasador, acreditem. E eu me senti pior ainda quando li o capítulo extra que veio no livro, que, por sinal, é o capítulo 1 de Amaldiçoadas. É arrasador, como eu já disse e a nota que eu dou para o livro não podia ser menor do que 10! Aliás, ele merece muito mais! Acabou com os meus feels. Leria ele mil vezes, na boa, e é capaz de eu continuar me matando por causa do final. Alguém de vocês já leu? Gostaram?