Uma carta para a Sarah de 2019

Posted by Sarah Charles on janeiro 03, 2019 in

Querida Sarah,

A ideia de te escrever uma carta surgiu junto com as reflexões que todos nós fazemos no final de cada ano, inspirados pelo pensamento de “novo ano, vida nova”. Dessa vez, é exatamente o que espero que sinta quando abrir novamente esse documento.

Em 2018, você aprendeu muito. Aprendeu a ficar sozinha, a se sentir bem consigo mesma — embora ainda não aprecie completamente alguns de seus aspectos —, a se desapegar de certas amizades que não lhe fariam bem. Também descobriu um pouco sobre os próprios sentimentos e como colocar tudo no papel é libertador. Você se descobriu escritora, mecânica, blogueira, estudante, leitora, amante.

Sua personalidade mudou tanto no ano que se passou que até mesmo a ideia de escrever uma carta para si mesma parece algo completamente plausível, prático e necessário. A meta para esse ano, diferentemente do que outras pessoas costumam fazer, é se apaixonar pelo imprevisível. Assim como viu no filme de ‘A Princesa e a Plebeia’, você percebeu que tem muita afinidade com uma das personagens e do mesmo modo precisa deixar de ser tão programada e ser mais espontânea. Sua meta é não ter metas, é se jogar de paraquedas no imprevisível.

Durante anos nunca conseguiu ser você mesma, fazer o que quer sem se preocupar com o que os outros pensam ou deixam de pensar. 2018 serviu para mostrar que já estava mais do que na hora de ser a Sarah, quer gostem, quer não. Agora, ainda em janeiro, sei como soa impossível pensar em não se preocupar com o que está por vir. Sei que parece uma força monumental não se preocupar com as 27 matérias, o último ano de colégio, expectativa de faculdade, ser um adulto e ao mesmo tempo uma adolescente, problemas familiares... Mas pense comigo: você enfrentou crises de ansiedade, ataques de pânico, dias de bad, chorou muito, se redescobriu, sorriu, conheceu novas pessoas, abandonou outras. Tudo isso para morrer na praia?! Não.

A Sarah que espero ler essa carta, em meados de 2019, é que seguirá em frente com sua mudança. É a que vai ouvir a música ‘Fighter’ e se sentir uma lutadora, sentir e ver que não tem problema nenhum em não planejar as coisas. Vai ser a garota que larga os livros clichês para viver o seu próprio clichê, sem mover céus e terras para que isso aconteça. A graça de tudo está no inesperado! Está em acordar e não programar seus sentimentos, suas falas, suas paixões. Só ser.

Se apaixone pelo imprevisível.

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Hey, querido leitor! Antes que vá embora, peço para aqueles que se identificaram com a carta deem uma olhada nos vídeos da Jout Jout, mais especificameste este aqui. Beijos!